O DIRETOR DE
PERSONA, |
||||
Entre as atividades que desenvolve o Supremo Tribunal Federal (STF), máxima Corte da República Federativa do Brasil, estão as vinculadas com a permanente melhora na instrução das equipes de juristas que ali trabalham. Com tal alvo, o STF vêm realizando cursos, que acontecem nos impressionantes prédios ultra-modernos da sua sede vizinha à Praça dos Três Poderes, na monumental cidade de Brasília. Tradicionalmente, para tais aulas sempre foram convocados juristas brasileiros, pertencentes às principais Universidades do país. Essa regra quebrou-se em maio de 2010, concretamente os dias 6 e 7, quando o curso no STF foi ministrado pelo Diretor da revista PERSONA, o Professor Doutor Ricardo Rabinovich-Berkman. O docente argentino foi assim, com efeito, o primeiro instrutor estrangeiro contratado pelo altíssimo Tribunal. O expositor é catedrático, na República Argentina, na Universidade de Buenos Aires, onde também dirige a Modalidade Intensiva do Doutorado da Faculdade de Direito (da que, aliás, já são alunos três Ministros do Superior Tribunal de Justiça, a outra alta Corte federal sediada em Brasília, não longe do STF), e nas Universidades de Belgrano e do Salvador. Ele é também Diretor da Pós-Graduação em Ciências Forenses do Instituto Universitário da Polícia Federal Argentina. Membro da Academia Portuguesa da História, Dr. Rabinovich-Berkman tem intensa atividade docente no Brasil, onde entre outras coisas é docente da Escola da Magistratura do Espírito Santo. |
|
|||
![]() |
Doutor pela Universidade de Buenos Aires (área Filosofia do Direito) e Doutor honoris causa pela Universidade de São Pedro (Peru), o professor argentino já lecionou em vários países de América e Europa. Porém, segundo ele declarou ao começo das aulas às mais de trinta pessoas, altamente qualificadas, que compunham a turma, a honra de ter sido escolhido pelo STF como o primeiro docente não brasileiro a ministrar um curso, chegava-lhe como uma das maiores satisfações acadêmicas já recebidas na sua vida inteira. Intitulou-se o curso "SUNRISE, SUNSET. Problemas ao início e ao final da vida" . Dividido em duas partes: "SUNRISE: Aos inícios da vida", e "SUNSET: A nostálgica beleza do final". Explicou ao começo o expositor que tinha escolhido as duas palavras em inglês em razão de uma canção do musical "O violinista no telhado", baseado em um conto do literato hebraico Sholem Aleichem. |
|||
"Nessa música belíssima expressa-se, desde uma ótica judaica, desde que esses são os dois momentos em que os israelitas fazem suas orações diárias, a passagem do tempo através do amanhecer -sunrise- e do pôr-do-sol -sunset-", disse o professor. "Então, eu resolvi adotar essa imagem, porque acredito que existe uma profunda beleza na saída do sol, e outra beleza, igualmente maravilhosa, mas bem diversa, no entardecer". "Enquanto a beleza do amanhecer está feita de esperança, de promessas, de futuro, a do pôr-do-sol fala-nos nostalgicamente do passado, do final, que pode ou não ser visto como um começo novo". E concluiu a introdução explicando que, nas breves aulas, assim seriam encarados o começo e a terminação da vida, partido sempre da idéia do jurista como pessoa comprometida com a busca da felicidade dos entes humanos. |
|
|||